terça-feira, 5 de abril de 2016

De Gutenberg a Zuckerberg



1. Qual foi o impacto da invenção de Gutenberg para comunicação?

A partir da invenção de Gutenberg foi possível imprimir livros em grande quantidade a um custo relativamente baixo para a época, tornando o conhecimento mais acessível. Apesar da modernização que se seguiu, foi ele o responsável por lançar as bases de toda a mídia moderna mundial.

2. Quais foram os primeiros documentos impressos por Gutenberg ?

Documentos oficiais, como decretos papais e gramática, posteriormente, a Bíblia.

3. Como a invenção dos tipos móveis modificou o acesso à informação?

As primeiras universidades criaram uma grande demanda para livros, tornando o conhecimento mais acessível através deles.

4. Em que medida a invenção dos tipos móveis contribuiu para o surgimento do primeiro jornal diário? Quando o periódico foi lançado? Com qual objetivo? Que nome recebeu?

O primeiro jornal diário apareceu em Zeipzig, em 1650. Ele era chamado, em português, de Últimas Notícias (Breaking News em inglês), sendo sua publicação feita a seis dias por semana. O jornal, porém, só vingou quando prensas rotativas movidas a vapor apareceram no século XIX. 


5. Que processo transformou a tecnologia da informação?

O processo offset transformou radicalmente a tecnologia da impressão. Assim, os elementos de impressão e não impressão são parte da mesma superfície. Primeiro, a página a ser impressa é transferida pela exposição à luz em uma fina chapa de impressão. Depois, a placa é umidecida com água para que as áreas de não impressão não absorvam a tinta. A seguir, a tinta de impressão é aplicada. Ela possui um elemento gorduroso que adere às áreas expostas à luz.

6. Relacione a revolução provocada na imprensa pela invenção de Gutenberg à revolução digital ( mínimo 10 linhas)

Em 2013, o jornalista Rosental Calmon, professor de jornalismo da Universidade do Texas, afirmou que nós estamos vivendo a era de Gutenberg novamente com a evolução do meio digital. "Nós estamos numa era Gutenberg outra vez. Numa situação de ruptura e de transição do ecossistema de mídia que existia na era industrial para um ecossistema completamente diferente, que está começando a ser construído e que afeta profundamente não só o jornalismo e a educação, mas praticamente toda as atividades econômicas e sociais do mundo. É um momento revolucionário com muito poucos paralelos na história da humanidade.", afirmou. Em seu curso “O mundo digital: aonde a mudança tecnológica levará a sociedade” na Casa do Saber, o jornalista Pedro Doria fez uma comparação parecida. É visível que a forma como a informação é transmitida mudou radicalmente desde Gutenberg. Assim como ele provocou uma revolução para esse mecanismo, podemos dizer nos dias atuais, que Steve Jobs fez algo parecido.  Gutenberg permitiu a popularização da distribuição e consumo de conteúdo; Jobs foi responsável por desenvolver uma plataforma capaz de ter o mesmo impacto na distrubuição da informação e do conhecimento de uma forma jamais antes possível e experimentada. Alix Christie, a autora de O Aprendiz de Gutenberg, chegou a dizer que "é preciso comportar-se como um imbecil para fazer qualquer coisa realmente nova", comparando também o inventor alemão a Bill Gates.  "Só conseguiram o que queriam porque eram engenheiros muito focados em criar um produto e nunca aceiraram que a opinião de outros se sobrepusesse à sua. Essa é a única forma ou nunca teriam concretizado as revoluções que fizeram.", afirmou. Sendo assim, podemos concluir que assistimos mais uma revolução da forma de se comunicar. Se existe Zuckerberg, é porque uma vez existiu Gutenberg.

sábado, 26 de março de 2016

"Na minha época..."

Quem nunca disse isso? Eu já. Ainda no início dos meus 20 anos, quantas vezes não vi crianças teclando loucamente em seus celulares de última tecnologia ou tablets e pensei: “Na minha época...”
Nasci na metade dos anos 90.

Creio que posso dizer que ali começava, de fato, a aflorar a tecnologia digital como conhecemos hoje. Nas mãos de pessoas comuns, já se via alguns celulares, computadores...  A internet chegou ao poder dos ‘mortais’ um pouco depois. Lembro que meus primeiros acessos foram por volta de 2005. Como esquecer o dia em que fui apresentada ao YouTube pela minha irmã mais velha? “Nesse site você pode achar vídeos de tudo!”, ela disse. 

De fato a tecnologia fez parte da minha adolescência e cada vez se faz mais essencial na vida adulta. Mas me assusta muito a atitude de crianças que já nasceram dentro desse boom da web. Porém, pergunto: antes da internet as pessoas também ficavam alheias ao mundo exterior quando estavam focadas nos próprios interesses? Será que apenas mudou o veículo?



Não duvido da importância da conectividade. Nunca antes fomos tão próximos de coisas, pessoas e lugares distantes. Me intriga a intensidade disso e o quão cedo isso começa. Como mensurar?

Este é um desafio que estamos enfrentando e ainda vamos enfrentar por muito tempo.  Para isso, não há remédio. Mas precisa e deve haver limites.  Limites que apenas nós mesmos podemos estabelecer.